O Futuro do Cinema: Um vislumbre do que está por vir nos próximos anos.

Se existe uma coisa que fascina milhões de seres humanos - para alguns deles, um motivo de verdadeira obsessão - é prever como será o futuro. É claro que ninguém tem uma reposta categórica que elucide esse mistério, mas isso não impede as pessoas de fazerem às suas apostas (e é justamente isso o que eu vou tentar fazer escrevendo esse post).

A minha ideia é explanar sobre algumas ideias que já são consideradas (e tem sido cada vez mais comentadas mundo à fora) como verdadeiras tendências nos próximos anos no mundo da Sétima Arte. Em suas essências, elas estão despertando curiosidade, admiração, medo, surpresa e em alguns casos... Repulsa. Como vocês podem notar, a gama sentimentos é bem variada e eu vou tentar um pouco sobre todas elas e seus respectivos impactos.

Conhecida pela sigla HRF, essa tecnologia trás consigo a ideia de um formato onde os filmes tem uma velocidade mais rápida do que o padrão, que é de 24 quadros por segundo.

Em síntese, o realismo que elas trazem é muito mais refinado e detalhado do que o já conhecido por nós (o que certamente já é impressionante), mas ao mesmo tempo essa ideia é algo mais desafiador porque as salas de cinema ainda não estão tecnologicamente preparadas para exibi-los.

Naturalmente isso divide opiniões pelos simples fato de ninguém poder tirar proveito dessa tecnologia como se deve (até porque nós, enquanto seres humanos, ainda não estamos treinados para apreciá-la por completo). Outro aspecto que também surge com essa tecnologia é o fato delas possibilitarem uma realidade ainda mais tangível e mais imersiva do que a já existente.

Se você não faz a menor ideia de como ela funciona, dois exemplos bem interessantes para você entendê-las de forma "simples" é assistir o primeiro filme O Hobbit (dirigido por Peter Jackson) e também ao Projeto Gemini (dirigido por Ang Lee) porque ambos os filmes foram trabalhados sob essa nova perspectiva de fazer Cinema.

O próximo filme a utilizar essa tecnologia será Avatar 2, mas o diretor James Cameron já afirmou que isso não irá acontecer no filme todo porque apesar dele achar que essa ideia é a solução para os problemas dos filmes em 3D, algumas coisas precisam ser modernizadas para receber esse tipo de novidade. Em contrapartida - e animando aos entusiastas mais ávidos por novidades - Cameron está apostando na tecnologia dos filmes feitos em 3D que não necessitem de óculos especiais para serem assistidos.

A ideia de poder expandir o alcance dos filmes tradicionais e ter um controle nas mãos sobre o que pode ou não ser assistido e vivenciado novamente tempos depois é algo fascinante e ao mesmo tempo assustador (no sentido positivo da palabra, porque é quase como "controlar" o tempo para viver as mesmas ou novas emoções).

Esses tipos de realidades vem sendo apontados como uma nova maneira de propiciar ao público um novo caminho de explorar as suas diversidades neurais em todas as suas potencialidades. Espera-se que os sentidos das pessoas se tornem mais apurados e que também seja possível mergulhar em mundos cada vez mais desafiadores que não seriam possíveis em outras formas de expressar arte.

Trazendo consigo polêmicas consideráveis, muitas pessoas (incluindo profissionais da área cinematográfica) acreditam que toda a conectividade das pessoas com os filmes nesse nível pode ser prejudicial porque os diretores passariam a ser visto não mais como detentores das histórias que contam (no sentido de terem menos controle quando comparados com experiências menos interativas), mas sim... Apenas como um canal de informação para se chegar ao filme, deixando que o público façam suas próprias escolhas acerca do que estão assistindo.

Por outro lado, é inegável que desde o surgimento dessas realidades a possibilidade de ter experiências cada vez mais pessoais com a Sétima Arte vem fascinando milhões de pessoas e isso não é difícil de entender porque quanto mais o telespectador se sente parte do que está assistindo, mais conectados eles estarão com a história que está sendo contada.

Esse projeto desenvolvido por um grupo de cientistas de várias áreas que abrangem a tecnologia em seus mais ramificados aspectos foi desenvolvido na Universidade Carnegie Mellon (Pittsburg, Estados Unidos) e é outra ideia que está causando muito barulho... Pois não não se trata apenas de drones capazes de fazer simples gravações com base em comandos pré-estabelecidos, mas sim, consiste nao fato de que esses veículos sejam "treinados" para fazer as melhores e mais detalhadas capturas de movimentos sem depender da presença física de um humano para isso.

Há quem acredite que essa tendência pode ser a nova maneira de gravar e dirigir filmes e para tornar essa ideia seja possível, os pesquisadores estão treinando um sistema com base em uma técnica extremamente detalhista chamada aprendizagem de reforço profundo. A ideia por trás desse projeto é envolver uma captação por voluntários da visualização de cenas fotorrealistas geradas por computador (é uma co-dependência entre humanos e máquinas), em que os objetos são "filmados" por vários ângulos e distâncias, oferecendo muitas perspectivas sobre os takes que podem ou não fazer parte do projeto em sua montagem final.

Baseando-se nas pontuações dadas pelos voluntários a cada uma das perspectivas (grande parte do sucesso se fideliza pela avaliação individual deles), o sistema é capaz de aprender quais seriam as combinações mais adequadas. Uma otimização de um recurso capaz de evitar possíveis problemas à visão também foram alvo dessa aprendizagem e antecipando quais serão os movimentos de câmera necessários para que esses obstáculos não atrapalhem, conseguiram aprimorar ainda mais essa "ameaçadora" nova de ser cineasta e também, tentando garantir que esses futuros filmes sejam consumidos da maneira correta pelos espectadores.

Por fim - mas não menos importante, embora eu acredite que isso não se tornará uma tendência - é válido mencionar um debate que vem sendo carregado de muita polêmica porque envolve a recriação digital de celebridades para que elas possam voltar a serem vistas nos cinemas. O caso mais "emblemático" e mais recente é o do ator James Dean, será recriado (com permissão cedida pela família dele) exclusivamente para "atuar" no filme de guerra Finding Jack.

Há pessoas quem consideram essa tecnologia algo detestável, enquanto outras pessoas acreditam que o poder da nostalgia causada por ela seria algo benéfico e alentador para os fãs. Mas o fato é que essa tecnologia envolve muitos aspectos discutíveis e todos eles são bem complexos porque envolvem os mais diversos tipos de motivações (e sim, o dinheiro infelizmente é uma parte considerável delas... é triste, mas é verdade).

Se você já leu essa publicação até aqui, certamente deve ter percebido que o Cinema realmente tem um futuro muito promissor pela frente. No meio dessa jornada em busca pelas novas formas de fazer filmes, todas essas técnicas estão diretamente conectadas e ainda que tragam consigo muitos problemas, elas também trazem muitos avanços importantes e que não podem - e não devem - ser ignorados. Tudo o que é novo desperta sentimentos antagônicos e é claro que dentro do mundo do entretenimento isso não seria uma exceção.