Trip Report - Salvia Divinorum - Pob Wiki-Drugs // Relato de Trip - Salvia - Pob Wiki-Drugs

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I don't remember the year, but maybe it was 2009 or maybe 2010. It was a year of entheogenic experiments. As I had a lot of free time working at home, I was dedicated to studying psychoactive substances, in addition to dedicating myself to Yoga and other meditative practices.

On that particular day I agreed with P to make a well-planned use of the Salvia Divinorum extract that I prepared last week. The plan was simple, we already knew the mechanics of the plant. The trip is short, about three minutes or at most five and then you "go back". Each would use it while the other would take care of the person, in case she "got lost" for a little while, but I had had several previous experiences with Salvia and I knew that being in the state of those people who appeared on Youtube was not very common, so I never worried.

Another artist who represents Salvia in the best possible way but which is not explained in words
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We organized ourselves in the room where I practiced yoga, with a mattress on the floor, several pillows, light background music and so I decided that I would go first. I put a small amount of 20x salvia extract in the pipe holder, asked P to turn off the light and then with the torch lighter I swallowed the first hit. As was ideal, you hold the smoke for at least 20 seconds, and when I let out the smoke I already felt that very unique sensation of losing physical barriers. And the only way I can explain this feeling is to describe myself as a cartoon made with thick outlines, however, each of these contours that separates me from the rest of the scene, if observed very closely, is full of micro holes that slowly let my content leak out of the separation. It is like imagining that your skin / barrier is slowly turning into smoke or vapor. But it feels good, not bad. And then, without thinking too much I gave the second (and necessary) to be able to let go of the pipe and experience whatever it is to be experienced. And then I don't even remember to smoke any more. I just lay on the mattress, but at that moment the mattress was gone and I was automatically transported to another place.

When I regained consciousness in this new environment, I saw myself as "in the third person", as in a game, but I knew that I was the character there that I was visualizing. And what was this character like? A sperm! Yes, a kind of white tadpole or sperm. And I was still in a brick maze. The floor had more or less a span of water, so that I would go like a tadpole swimming through this maze, without knowing where or until when. The roof of the labyrinth was in the open and in this case it was not "sky" but the cosmos, all the starry space shining its millennial lights through the stars in that infinite darkness. There was a kind of background music while I was there, this song will chase me for the rest of my life until I find a real and existing equivalence to it, but I can say that it resembled a mix of: "cosmic theme of the Knights of the Zodiac "and" music heard inside the womb ".
Something like this:

Source:

And that was all, I was a little tadpole in this endless maze, swimming in that warm water and looking for a way, with stars above me and this cosmic music.


Sorry for the 90s references, but it's the best I could find to describe the place, LOL Source

As much as I'm using pop culture examples and it sounds funny, at the time it was really COSMIC the feeling of deep peace and total absence of any and all logic that I experienced swimming in that maze is inexplicable, until after a while (I don't know if it was hours, days or months or seconds) it occurred to me A thought:
-But who am I? What exactly is this place? What am I doing here? And it started to worry my little being. -Who am I? -Who am I? There was no answer, and in some time, getting deeper and deeper into that sensation, the labyrinth was gone, the stars were gone, the music was gone. Who am I? And I did a lot, a lot of effort to try to bring any human memory (it is difficult to explain, because at that time I was not human, I didn't feel human and I didn't remember being human) and then just something inside my core, my self, wanted to know who it was me. And desperately looking for information to explain something I started to see fragmented images that said nothing to me, nothing explained, until at last I saw a "scene" of my dog ​​Alice, as in a presentation of "mental power point" and finally, when I saw Alice , it all made sense, from there things started to connect and it was as if the plugins that had failed had returned to work. I recognized Alice, I remembered our walks in the woods, playing with her, all my affection for her. And through these memories a waterfall of all other thoughts began to come, memories of my girlfriend from that time, memories of my mother, my home, the bedroom, that day, my friend P, and until I opened my eyes and everything was back to what it always was. I was there, completely normal again, the effect was gone, P was waiting patiently for me and looking forward to his own experience that was yet to come.

I ended up deciding to write this report separately from the original text on Salvia Divinorum, but the next reports will be together with the new Wiki-Drug posts. I hope you enjoyed the reading and I appreciate your vote.

Thomas H N Blum

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Português

Eu não me lembro do ano, mas talvez era 2009 ou talvez 2010. Era um ano de experimentações enteógenas. Como eu tinha bastante tempo livre trabalhando em casa, caprichava na dedicação em estudar as substâncias psicoativas, além de me dedicar a Yoga e outras práticas meditativas.

Nesse dia em especial combinei com P de fazermos um uso bem planejado do extrato de Salvia Divinorum que eu preparei na semana passada. O plano era simples, já conhecíamos a mecânica da planta. O viagem é curta, coisa de três minutos ou no máximo cinco e então você "volta". Cada um iria utilizar enquanto o outro cuidaria da pessoa, caso ela se "perdesse" por um pequeno tempo, mas eu já havia tido várias experiências anteriores com a Salvia e sabia que ficar do estado daquelas pessoas que apareciam no Youtube não era algo muito comum, então nunca me preocupei.


Mais um artiste que representa a Salvia da melhor forma possível mas que não se explica em palavras
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Nos organizamos no quarto onde eu praticava yoga, com um colchão no chão, várias almofadas, uma música leve de fundo e então decidi que eu iria primeiro. Coloquei uma pequena quantidade de salvia extrato 20x no fornilho do cachimbo, pedi para P apagar a luz e então com o isqueiro maçarico traguei o primeiro hit. Tal como era o ideal, segura-se a fumaça por ao menos 20 segundos, e quando eu soltava a fumaça já percebia aquela sensação característica bastante única da perda de barreiras físicas. E a única forma de eu explicar essa sensação é descrever-me como um desenho animado feito com contornos grossos, porém cada contorno desses que me separa do resto do cenário se observado bem de perto está repleto de micro furos que deixam lentamente meu conteúdo vazar para fora da separação. É como imaginar que sua pele/barreira está lentamente virando uma fumaça ou vapor. Mas a sensação é boa, não é ruim. E então, sem pensar muito dei a segunda (e necessária tragada) para poder largar de uma bez o cachimbo e experienciar o que for para ser experienciado. E aí eu já nem lembro de soltar a fumaça mais. Apenas deitei no colchão, mas nesse momento o colchão não mais existia e eu automaticamente fora transportado para outro ambiente.

Quando retomei a consciência nesse novo ambiente eu me via como que "em terceira pessoa", como num jogo, mas eu sabia que eu era o personagem ali que estava visualizando. E como era esse personagem? Um espermatozoide! Sim, uma espécie de girino branco ou espermatozoide. E eu seguia num labirinto de tijolos. O chão tinha mais ou menos um palmo de água, de forma que eu ia tal qual um girino nadando por esse labirinto, sem saber para onde ou até quando. O teto do labirinto era a céu aberto e no caso não era "céu" e sim o cosmos, todo o espaço estrelado brilhando suas luzes milenares através das estrelas naquela escuridão infinita. Havia uma espécie de música de fundo enquanto eu estava ali, essa música vai me perseguir para o resto da vida enquanto eu não encontrar uma equivalência real e existente dela, mas posso dizer que se assemelhava numa mistura de: "tema cósmico dos Cavaleiros do Zodíaco" e "música ouvida dentro do útero". Algo mais ou menos assim:


Source:

E isso era tudo, eu era um pequeno girino nesse labirinto infinito, nadando naquela água morna e procurando um caminho, com estrelas acima de mim e essa música cósmica.


Desculpem as referências anos 90, mas é o melhor que pude achar para descrever o local, haha
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Por mais que eu esteja usando exemplos de cultura pop e isso esteja parecendo engraçado, no momento foi realmente CÓSMICO a sensação de paz profunda e total ausência de toda e qualquer lógica que experimentei nadando naquele labirinto é inexplicável, até que depois de um tempo (que não sei se foram horas, dias ou meses ou segundos) me ocorreu um pensamento:
-Mas quem sou eu? Que lugar exatamente é esse? O que estou fazendo aqui? E isso começou a preocupar meu pequeno ser. -Quem sou eu? -Quem sou eu?

Não havia resposta, e em algum tempo, entrando cada vez mais fundo naquela sensação, o labirinto sumiu, as estrelas sumira, a música sumiu. Quem sou eu? E eu fiz muito, muito esforço para tentar trazer qualquer memória humana (é difícil explicar, por que naquela hora eu não era humano, eu não me sentia humano e não lembrava de ser humano) e então apenas algo dentro de meu âmago, meu self, queria saber quem era eu. E buscando desesperadamente informações que explicassem algo comecei a ver imagens fragmentadas que nada diziam para mim, nada explicava, até que enfim eu vi uma "cena" de minha cachorra Alice, como numa apresentação de "power point mental" e enfim, quando vi Alice, tudo fez sentido, a partir dela as coisas começaram a se conectar e era como se os plugins que haviam falhado tivessem voltado a funcionar. Reconheci Alice, me lembrei de nossos passeios no mato, de brincar com ela, de todo meu afeto por ela. E através dessas memórias começou a vir uma cachoeira de todos os outros pensamentos, lembranças da minha namorada da época, lembranças da minha mãe, da minha casa, do quarto, daquele dia, do meu amigo P, e até que abri os olhos e tudo havia voltado a ser o que sempre foi. Eu estava ali, completamente normal novamente, o efeito havia acabado, P esperava pacientemente por mim e com expectativa para sua própria experiência que ainda iria vir.

Acabei decidindo escrever esse relato separado do texto original sobre a Salvia Divinorum, mas os próximos relatos estarão junto com as novas postagens do Wiki-Drug. Espero que tenham gostado da leitura e agradeço o voto.

Thomas H N Blum


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Que experiência sensacional!
Fico me perguntando se quando éramos espermatozoides nos questionávamos quem somos; tentando nos lembrar da vida passada sem conseguir.

Fiquei curiosa: Você já fez alguma pergunta antes de fumar e obteve a resposta na viagem?


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Desculpe pela demora em lhe responder, @aiuna!
Já tentei certa vez fazer uma sequencia de experiências com a Salvia, durante uma semana, para tentar avançar na experiência e compreende-la de uma forma menos "aleatória", mas sinceramente, com a Salvia isso não é muito possível, mesmo que você busque respostas, ela "mostra" o que quer, sabe...


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