Regulating the mood with a flower // Regulando o humor com uma flor

It's amazing how the internal cycles of the mind work. I am a person who has been in "psychological treatments" for almost ten years, jumping from therapy to drug therapy looking for the best way, the cleanest and most efficient way to treat some neuro-chemical imbalances. Unlike many people who follow the profile of unquestioning nature lovers (like me), I don't consider pharmacology as a monster, and by that I mean that: Much can be obtained of therapy and healing when we talk about conventional pharmacy medicine. Everyone knows that there is a damn capitalist appeal extremely problematic about "big pharma" and the whole concept that encompasses it, but I don't disregard the real action of numerous scientists who are constantly seeking new solutions to the human mind (or any area of health). So that I can state that many of what I have used allopathic and conventional medicine in modern society have helped me too much in the treatments of anxiety, panic and depression, however, clearly with numerous negative points, side effects or even loss of efficiency over time.


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I am no one to assume truths, but from what I understand of pharmacodynamic logic, the same rule would apply in nature, regardless of whether you consider it to be more beneficial and pure. A simple example is St. John's Wort for example, which can easily cause clear side effects in an unruly user (either by overdosing or skipping doses during treatment). But what is becoming more and more clear to me is that it is fundamental to understand that everything, everything on earth comes from regulation, organization, and understanding of what is being used, and the same logic applies to cannabis. I have had countless phases of indiscriminate and compulsive use of weed that have brought me more harm than good, even though these may only be reflections of a chronic triggering of already existing and latent problems in me (such as anxiety that leads to panic). The chronic and heavy use of marijuana can even trigger the a-motivational syndrome, where nothing fills you and everything is "more or less". This is not only because of the abuse of dopamine receptors, but because of a pattern of life that is usually connected to the type of heavy user of narcotic substances. The same will not be true for a person who knows what he is doing, has a balanced and healthy life routine, is organized, eats quality food, derives pleasure from the moments he experiences, and knows "when it is time" to medicate himself.


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Making those points clear, I want to express a bit about how cannabis has been beneficial at this point in my life. Where I am (still and always) in search of a balance for my mind, and when I say that, I specifically mean the difficulty in finding pleasure and joy in the experience of being alive. Currently the medication I've been taking (which I've talked about here for some time) has helped a lot with energy and concentration, anxiety regulation, but it seems that once those problems are out of the way, there remains a thick layer of depression, which at the moment is not debilitating or life threatening, is relatively well controlled and I could probably take it as being just a "natural aspect of my melancholic personality", but honestly, I always want more! It is my right as a human to look for more! And not in a compulsive sense of pleasure, but just to want to feel fulfilled, functional, balanced, motivated, energetic, cheerful, in a good mood, ready for the battle of everyday life. Not rarely are the days with a lot of work and stress, with a large amount of tasks and stressful commitments, so that my end of the day is usually one of mental exhaustion and consequently a kind of irritation. And this is where the potential (so far not found in any drugstore substance I have had access to, and I have had access to MANY) of cannabis comes in. Its moderate use of just a few puffs of a few strains in particular (so far from most recent experiences, Banana Kush has been the favorite) at the end of the day tends to give me a very welcome mental relaxation, along with an improvement in mood and liveliness to experience the rest of the night before sleep with much greater balance and less sense of psychological wear and tear. Similarly, on my days off where I can delight in the company of the girlfriend and we usually do some activities like playing music or walking on nature trails, cannabis is a perfect tool to add "sparkle and enchantment" to the experience.


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It is very complex to understand why the mechanisms of action of the main cannabinoids act so differently at different times of life (and brain) because I myself have experienced periods where cannabis did not give all this brightness and motivation, on the contrary, it left me in a low frequency and looking "badly tuned" literally, it seems that everything caught a filter of boredom and laziness, but I believe that part of the problem was exactly because it was poor quality cannabis coming from pressed bricks. Or even some strains of the indica variety have a tendency to put me "too in" or instead of out, and this ends up throwing me into ruminative and anxious states. The whole chemistry of getting the choice and mode of use of the substance right are clearly key details to that "mood-enhancing" experience one can have. And of course, if you look at cannabis as an "adjunct to traditional medications" treatment you have to remember that just as medications have side effects if you skip doses, cannabis may give you some classic "withdrawal" symptoms, like headache, irritation, etc. Nothing serious, of course, but this implies that you must decide to know how to regulate your use in order to avoid these symptoms, or to know how to get around them when necessary.

That's it for today, thanks for reading!

Thômas Helon Blum

Português

É incrível como os ciclos internos da mente funcionam. Sou uma pessoa que está em "tratamentos psicológicos" há quase dez anos, pulando de terapia em terapia medicamentosa procurando o melhor caminho, o modo mais limpo e eficiente de tratar alguns desequilíbrios neuro-químicos. Diferente de muitas pessoas que seguem o perfil de amantes inquestionáveis da natureza (tal como eu), não considero a farmacologia como um monstro, e com isso quero dizer que: Muito pode se obter de terapia e cura quando falamos de medicina convencional de farmácia. Todo mundo sabe que existe sim um maldito apelo capitalista extremamente problemático a respeito da "big pharma" e todo o conceito que engloba isso, mas não desmereço a real ação de inúmeros cientistas que estão constantemente em busca de novas soluções para a mente humana (ou para qualquer área da saúde). De forma que posso afirmar que muitos do que já utilizei de medicamento alopático e convencional na sociedade moderna me ajudaram por demais nos tratamentos da ansiedade, pânico e depressão, porém, nitidamente com inúmeros pontos negativos, efeitos colaterais ou mesmo perda de eficiência com o passar do tempo.


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Não sou ninguém para supor verdades, mas diante do que entendo da lógica farmacodinâmica, a mesma regra se aplicaria na natureza, indiferente de você considerá-la como mais benéfica e pura. Um exemplo simples é a Erva de São João por exemplo, que facilmente pode causar efeitos colaterais nítidos em um usuário desregrado (seja pelo excesso ou seja por pular doses no tratamento). Mas o que vem se tornando mais e mais claro para mim é que é fundamental compreender que tudo, tudo na terra vem da regulação, da organização e da compreensão do que se é utilizado, e a mesma lógica se aplica a cannabis. Já tive inúmeras fases de um uso indiscriminado e compulsivo da erva que me trouxeram mais malefícios do que benefícios, ainda que estes possam ser apenas reflexos de um desencadeamento crônico de problemas já existentes e latentes em mim (como a ansiedade que desemboca em pânico). O uso crônico e pesado de maconha pode ser inclusive desencadeador da síndrome a-motivacional, onde nada lhe preenche e tudo é "mais ou menos". Isso se dá não apenas pelo abuso dos receptores dopaminérgicos, mas por um padrão de vida que costuma estar conectado ao tipo de usuário pesado de substâncias entorpecentes. O mesmo não será verdade para uma pessoa que sabe o que está fazendo, tem uma rotina de vida equilibrada e saudável, organizada, alimenta-se com qualidade, tira prazer dos momentos que vivencia e sabe "quando é hora" de medicar-se.


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Deixando claro esses pontos, quero expressar um pouco sobre como a cannabis tem sido benéfica nesse meu momento de vida. Onde estou (ainda e sempre) em busca de um equilíbrio para minha mente, e quando digo isso, quero dizer especificamente a dificuldade em encontrar prazer e alegria na experiência de estar vivo. Atualmente o medicamento que venho tomando (do qual já falei aqui há um certo tempo) tem ajudado bastante na energia e concentração, na regulação da ansiedade, mas parece que tirado esses problemas do caminho, restou por baixo dos panos uma densa camada de depressão, que no momento não é debilitante ou ameaçadora, está relativamente bem controlada e provavelmente eu poderia levar assim como sendo apenas um "aspecto natural da minha personalidade melancólica", mas, sinceramente, eu quero sempre mais! É meu direito como humano procurar por mais! E não num sentido compulsivo do prazer, e sim apenas de desejar sentir-se preenchido, funcional, equilibrado, motivado, energético, alegre, de bom humor, pronto pra batalha do dia a dia. Não raro são os dias de muito trabalho e estresse, com grande quantidade de afazeres e compromissos desgastantes, de forma que o meu fim de dia costuma ser de exaustão mental e por consequência uma espécie de irritação. E é aqui que entra o potencial (até então não encontrado em nenhuma substância de farmácia que tive acesso, e eu tive acesso a MUITAS) da cannabis. Seu uso moderado de apenas poucas tragadas de algumas strains em especial (até agora das experiências mais recentes, Banana Kush tem sido a preferida) no fim do dia tendem a me dar um relaxamento mental muito bem-vindo, junto com uma melhora de humor e de vivacidade para experienciar o resto da noite antes do sono com um equilibrio muito maior e menos sensação de desgaste psicológico. Da mesma forma, nos meus dias de folga onde posso deleitar a companhia da namorada e costumamos fazer algumas atividades como tocar música ou passear em trilhas na natureza, a cannabis é uma ferramenta perfeita para dar "brilho e encantamento" à experiência.


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É muito complexo entender por que vias os mecanismos de ação dos principais canabinoides agem de forma tão diferente em diferentes momentos da vida (e do cérebro) por que eu mesmo já vivenciei períodos onde a cannabis não dava todo esse brilho e motivação, pelo contrário, me deixava numa frequência baixa e parecendo "mal sintonizado" literalmente, parece que tudo pegava um filtro de tédio e preguiça, mas creio que parte do problema era exatamente por se tratar de cannabis de má qualidade advinda de tijolos prensados. Ou mesmo algumas strains da variedade indica tem uma tendência de me colocar "muito para dentro" ou invés de pra fora, e isso acaba me jogando em estados ruminativos e ansiosos. A química toda de acertar na escolha e no modo de uso da substância claramente são detalhes fundamentais para essa experiência de "melhora de humor" que se pode ter. E naturalmente, se você observar a cannabis como um tratamento "adjunto aos medicamentos tradicionais" terá de lembrar que, assim como os medicamentos tem efeitos colaterais se você pular dose, a cannabis poderá lhe dar alguns sintomas clássicos de sua "abstinência", como dor de cabeça, irritação, etc. Nada grave, óbvio, mas isso implica em decidir-se por saber regular esse uso para evitar tais sintomas ou então, saber contorna-los quando necessário.

Por hoje é isso, obrigado pela leitura!

Thômas Helon Blum



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