Why has it become increasingly difficult to embrace boredom? - ¿Por qué se ha vuelto cada vez más difícil disfrutar del aburrimiento?

avatar
(Edited)
Spanish and Portuguese version below.

I realized I was crossing the line. I spent hours upon hours filling every moment by consuming some form of content. Sometimes it was interesting content related to topics I liked, and I would dedicate time to watching long YouTube videos. But honestly, most of the time, I wasted my free time watching short Instagram videos or completely unnecessary information on Twitter.

The staggering amount of information I was consuming was making me increasingly unfocused and tired. The day passed quickly because, unless I was working or tending to my daughter, I was always consuming some content that ultimately proved to be trivial. However, I decided to put an end to this.

I've been reflecting on how we waste our life's time by simply distracting ourselves, dedicating time to games, videos, and useless information. It's complicated that our free time is always filled with something that takes us a bit out of reality.

In the past, people used to contemplate more, embrace boredom. They would simply spend hours gazing at the sky, a landscape, or even listening to music with their eyes closed. Nowadays, I feel like many people are in the same boat, addicted to social media-derived habits.

Made in Canva.

But how do we break free from this vicious cycle of scrolling through feeds and escaping reality? It's not easy because boredom is uncomfortable. Doing nothing makes us sad because we're used to a high dose of endorphins we get when we find content that makes us laugh, reflect, or even just stress us out. Yes, even feeling anger about certain things on the internet is addictive, and I feel like people are increasingly losing their boundaries, becoming a kind of android, as they can't live without their phones in hand; it has become a part of themselves... Or better said, a part of us.

The realization that the phone has become an extension of ourselves is very serious to me. Who are we when we're not identifying with some internet content? Who are we when we're not playing? What makes us ourselves? These are questions I've been asking myself. These questions have been bothering me and helping me move in a different direction from most people. However, to be very honest, I'm still taking small steps because changing these habits is a big challenge, like giving up sugar when you're addicted to sweets or even quitting drinking altogether when you're an alcoholic.

I know that at the end of this journey, I will find a treasure, something I need to feel more fulfilled, or at least, happier with myself. Because what I'm looking for cannot be found on any internet page; what I'm searching for can only be found in real life, in the blossoming of my reflections, discoveries, and internal changes.

It has been quite a journey, and I don't miss consuming information in mass. The biggest challenge is truly redefining idleness and valuing silence, which is a part of our human history, a true part of who we are.


Spanish

¿Por qué se ha vuelto cada vez más difícil disfrutar del aburrimiento?

Me di cuenta de que estaba cruzando la línea. Pasaba horas y horas llenando todo mi tiempo consumiendo algún contenido. A veces eran contenidos interesantes sobre temas que me gustaban, y dedicaba tiempo a ver videos largos en YouTube. Pero, honestamente, la mayoría de las veces desperdiciaba mi tiempo libre viendo videos cortos en Instagram o información completamente innecesaria en Twitter.

La cantidad asombrosa de información que estaba consumiendo me estaba volviendo cada vez más dispersa y cansada. El día pasaba volando, porque, a menos que estuviera trabajando o cuidando de mi hija, siempre estaba consumiendo algún contenido que, al final, resultaba ser trivial. Sin embargo, decidí poner fin a esto.

He estado reflexionando sobre cómo desperdiciamos nuestro tiempo de vida simplemente distrayéndonos, dedicando tiempo a juegos, videos y información inútil. Es complicado que nuestro tiempo libre siempre esté lleno de algo que nos saque un poco de la realidad.

Antes, la gente contemplaba más, disfrutaba del aburrimiento. Simplemente pasaban horas contemplando el cielo, algún paisaje o incluso escuchando música con los ojos cerrados. Hoy en día siento que muchas personas están en la misma situación, adictas a hábitos derivados de las redes sociales.

Hecho en Canva.

Pero, ¿cómo salir de este ciclo vicioso de desplazamiento de feeds y escape de la realidad? No es fácil, porque el aburrimiento molesta. No hacer nada nos entristece porque estamos acostumbrados a una alta dosis de endorfinas que sentimos al encontrar ese contenido que nos hace reír, reflexionar o simplemente nos estresa. Sí, incluso sentir odio por ciertas cosas en internet es adictivo, y siento que las personas están perdiendo cada vez más sus límites, convirtiéndose en una especie de androide, ya que no pueden vivir sin sus teléfonos en la mano; se ha convertido en una parte de ellos mismos... O mejor dicho, se ha convertido en una parte de nosotros.

La conclusión de que el teléfono se ha convertido en una extensión de nosotros mismos es muy seria para mí. ¿Quiénes somos cuando no nos estamos identificando con algún contenido en internet? ¿Quiénes somos cuando no estamos jugando? ¿Qué nos hace ser nosotros mismos? Estas son preguntas que me he estado haciendo. Estas preguntas me han estado molestando y me han ayudado a moverme en una dirección diferente a la mayoría de las personas. Sin embargo, siendo muy honesta, todavía estoy dando pasos pequeños porque cambiar estos hábitos es un gran desafío, como dejar el azúcar cuando eres adicto a los dulces o incluso dejar de beber por completo cuando eres alcohólico.

Sé que al final de este camino encontraré un tesoro, algo que necesito para sentirme más realizada, o al menos, más feliz conmigo misma. Porque lo que busco no puedo encontrarlo en ninguna página de internet; lo que busco solo puede estar en la vida real, en el florecimiento de mis reflexiones, descubrimientos y cambios internos.

Ha sido un viaje bastante largo, y no extraño en absoluto consumir información en masa, porque el mayor desafío es realmente redefinir el ocio y valorar el silencio, que es parte de nuestra historia como seres humanos, es realmente parte de quiénes somos.


Portuguese

Porque tem sido cada vez mais difícil aproveitar o tédio?

Eu percebi que estava passando dos limites. Passava horas e horas preenchendo todo o meu tempo consumindo algum conteúdo. Às vezes eram conteúdos interessantes de temas que eu gosto, e eu dedicava tempo a ver vídeos longos no youtube. Mas, honestamente, na maioria das vezes gastava meu tempo livre vendo vídeos curtos do instagram, ou informações completamente desnecessárias no twitter.

A quantidade absurda de informações que eu estava consumindo estava me deixando cada vez mais desfocada e cansada. O dia passava rapidamente, pois desde que eu não estivesse trabalhando ou dando atenção pra minha filha, eu estava sempre consumindo algum conteúdo que no fim das contas era bobo. Porém, decidi dar um basta nisso.

Tenho refletido sobre como desperdiçamos nosso tempo de vida simplesmente nos distraindo, dedicando tempo a jogos, vídeos e informações inúteis. É complicado que nosso tempo livre seja sempre preenchido com algo que nos faz sair um pouco da realidade.

Antigamente, as pessoas contemplavam mais, aproveitavam o tédio. Simplesmente gastavam horas para contemplar o céu, alguma paisagem ou até ouvir músicas de olhos fechados. Hoje em dia eu sinto que tem muita gente no mesmo barco de vícios derivados das redes sociais.

Made in Canva.

Mas como sair desse ciclo vicioso de rolagem de feed e fuga da realidade? Não é fácil, porque o tédio incomoda. Ficar sem fazer nada nos deixa tristes porque estamos acostumados com uma alta dosagem de endorfina da qual sentimos ao encontrar aquele conteúdo que nos faz rir, refletir ou que simplesmente nos estressa. Porque sim, até sentir ódio por certas coisas na internet vicia, e eu sinto que as pessoas estão perdendo cada vez mais seus limites, tornando-se um tipo de android, pois não vivem sem seus celulares na mão, passou a fazer parte delas mesmas… Ou melhor dizendo, passou a fazer parte de nós.

A conclusão de que o celular se tornou uma extensão de nós mesmos pra mim é muito séria. Quem somos quando não estamos nos identificando com algum conteúdo na internet? Quem somos quando não estamos jogando? O que nos torna nós mesmos? São perguntas que tenho me feito. Essas perguntas tem me incomodado e me ajudado a me mover numa direção diferente da maioria das pessoas. Porém, sendo bem honesta, ainda estou dando passos curtos, pois é uma grande mudança de hábito o que estou tendo que fazer; é como largar o açúcar quando você é viciado em doces, ou até mesmo parar de beber de vez quando você é um alcoólatra.

Eu sei que no final desse caminho vou encontrar um tesouro, algo que preciso para me sentir mais realizada, ou pelo menos, mais feliz comigo mesma. Porque o que procuro não posso encontrar em nenhuma página da internet, o que procuro só pode estar na vida real, no florescimento das minhas reflexões, descobertas e mudanças internas.

Tem sido uma jornada e tanto, e não sinto saudade nenhuma de consumir informações em massa, pois a maior dificuldade é realmente ressignificar o ócio e valorizar o silêncio, que faz parte de nossas história como seres humanos, faz parte de verdade de quem somos.



0
0
0.000
3 comments
avatar

Eu estou passando por um problema parecido... Não sou de ficar em redes sociais, mas preciso otimizar o meu tempo e criar uma rotina de estudos para concursos. Depois da pandemia parei de estudar e esta dificil voltar ao meu ritmo. O corpo quer sempre se manter em repouso e buscando coisas prazerosas, estudar é penoso.

0
0
0.000